2021-2022 - A TRANSIÇÃO NA CONTINUIDADE

Eu vim de longe
De muito longe
O que eu andei pra aqui chegar
Eu vou pra longe
Pra muito longe...

José Mário Branco

revisitando o Deus Janus...

Para os romanos, Janus era o Deus da transição e da mudança entre dois momentos... um passado e um futuro.
Por isso, era representado com duas caras, uma voltada para trás e outra para a frente. Portanto, não é de estranhar que tenham escolhido o dia em que este Deus era festejado para a entrada no novo ano, o qual passou a ser considerado o 1 de janeiro.

Esta é a razão por que este dia, apesar de não representar nenhum momento especial da rotação da Terra em torno do Sol, ainda continuar a ser usado como símbolo da passagem do Ano... a transição entre um momento antigo que conhecemos e um futuro desconhecido e, por isso, mais incerto.
O momento presente surge assim como a transição entre um passado e um futuro.

Neste começo de 2022, ao desmancharmos a árvore de Natal do CCVEstremoz, caíram mais umas novas bolas de Natal que nos dão uma das muitas respostas possíveis a estas dúvidas...
Um conjunto de bolas que nos remetem para a continuidade entre tempos longos... muito longos... o tempo dos geólogos... Tão longos que nos permitem olhar para dois Mundos...
Dois Mundos separados por mais de 500 milhões de anos... Dois Mundos muito diferentes mas que têm em comum serem momentos em que todos os continentes se encontram aglomerados num único supercontinente.

Dois momentos que confrontam as certezas de um supercontinente que sabemos ter existido, com as incertezas relacionadas com as de um outro que, tudo indica, irá existir dentro de 200 a 300 milhões de anos.

ccvestremoz - 2021